Danilo Nazca PERFIL PROFISSIONAL: Dinâmico, versátil, hiperativo, social, objetivo e bem-humorado. Afinidade com projetos com informações, objetivos e cronograma bem definidos. FORMAÇÃO: Graduado em Publicidade e Propaganda, na Universidade Católica de Salvador (1991-1994 - primeira turma). Incompleto em Psicologia - UFBA (1991-1992). Intimidade com ambiente web e novas tecnologias. IDIOMAS: Inglês. Leitura avançada, escrita avançada e conversação fluente. Espanhol. Leitura básica e conversação básica. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Redator publicitário desde 1995. Agilidade. Texto versátil. Conhece e aplica o Marketing por instinto. Larga experiência com ambiente web. Apaixonado por tecnologia, comunicação e internet. Envolvido com a internet em todas as etapas da sua evolução no Brasil. AGÊNCIAS POR ONDE PASSOU: Market Única Mezo Comunicação Agency 5 Mago Comunicação

quarta-feira, 24 de março de 2010

Entrando nos domínios dos nicas da Nicarágua

Depois de muita pesquisa em fóruns como o Mochileiros e muitas e muitas conferidas no meu Rough Guide América Central, descobri que a melhor forma de viajar por terra é pegar um onibus da empresa Tica Bus (Transportes Internacionales Centro Americanos), que vai do Panamá até o México. Eles tem a melhor relacao custo-beneficio e, de brinde, voce conhece mais de perto a Centro-América e suas paisagens e sua gente. Os onibus sao novos. Voce pode parar em qualquer terminal Tica Bus no meio do caminho e remarcar sua passagem pra seguir viagem quando quiser. O unico incomodo é que voce precisa parar em Manágua e em San Salvador para dormir. Ou seja, numa viagem como a que eu fiz, de San José (Costa Rica) até Guatemala City, para vencer os 1.200 km de distancia voce gasta 60 horas (!!!) de viagem. A Tica Bus também oferece hospedagem (a partir de US$ 12 ou US$ 14 em quarto compatilhado) em San José, Manágua e San Salvador. Dizem que a empresa King Quality faz a viagem direto, inclusive à noite, nas nao confirmei essa informacao.

Depois de 5 horas de viagem, passando pelas belas regioes de Monteverde e Guanacaste, na Costa Rica, chego enfim até a fronteira com a Nicarágua, na cidade de Penas Blancas. Todo o tramite para sair da Costa Rica e entrar na Nicarágua demora mais de 1 hora. Muita burocracia nas fronteiras. E olhe que sao muitas fronteiras na América Central, com países pequenos e aduanas a cada 6 horas de viagem.

Deixo pra trás os ticos da Costa Rica e entro nos domínios dos nicas, como sao conhecidos os habitantes da Nicarágua. O povo é bem simpático e amistoso, principalmente as niocas. ,) Mas um passado recente de muito conflito, de disputas entre sandinistas e conservadores frente às investidas norte-americanas. O resultado é que a Nicarágua é hoje um país muito pobre, que só perde para o Haiti no ranking de pobreza das Américas. E eles carregam um certo ressentimento junto aos ticos da Costa Rica. Um pouco de inveja da situacao economica bem mais favorável do país vizinho.

Na fronteira, tenho que pagar US$ 8 para entrar na Nicarágua. O onibus da Tica Bus continua sua viagem e parte entao para Manágua, a capital da Nicarágua. Depois de mais 3 horas de viagem, resolvi descer em Granada. Já havia lido no Rough Guides sobre a história da cidade, seu passado político importante na época do sandinisdmo e sua eterna disputa com León.

Granada é uma bela surpresa. Uma bela cidade colonial, às margens do lago de Nicarágua. Foi fundada pelos espanhóis. Na verdade, é a cidade mais antiga erguida pelos espanhóis na América Central. O clima é bem tranquilo, quente. A política está em todo lugar: nas reunioes, nas pracas, nos bares. Os turistas também. Depois de um período de convulsao social, hoje Granada recebe turistas de todo o mundo. É uma cidade conservadora, com uma rivalidade histórica com León, a cidade mais liberal da nicarágua e berco dos sandinistas, que lutaram por décadas contra o imperialismo americano e que estiveram no poder por alguns anos.

Nicarágua
Capital: Manágua
Moeda oficial: córdoba (mas dólares sao aceitos em quase todos os lugares)
Cerveja oficial: La Toña
Lugares: Granada, Ilha de Ometepe, León
Acordei bem cedo para pegar o bus que leva de Heredia até San José. As cidades estao todas muito juntas aqui. San José, Heredia, Cartago e Alajuela. Voce nem percebe que uma acabou e a outra já comeca. O onibus que peguei é o típico blue bird, onibus second-class do tipo escolar que vieram dos EUA e estao por toda a Costa Rica e América Central. As cidades de Heredia e San José estao bem próximas, mas o blue bird faz o seu caminho lentamente até a capital. Um trecho de pouco mais de 12 km é feito em quase 1 hora, pelas curvas e ladeiras do Valle Central onde estao heredia e san josé.

chego em san josé na zona roja, cheia de prostíbulos, ladroes, imigrantes dominicanos e todo tipo de contravencao possivel. saio de lá rápido e de taxi vou até o terminal da tica bus. almoco por perto e às 12h30 parto de san josé e comeco minha viagem até a nicarágua.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Paraísos naturais e paraísos fiscais na Costa Rica

Depois de uma longa viagem, enfim chego à Costa Rica. O vôo faz uma escala em Panama City. Foi o suficiente pra avistar ao longe os diversos arranha-céus da capital panamenha, entre os mais altos de toda a América Latina. Deu pra dar uma olhada também no canal do Panamá, com um tráfego intenso de navios, enquanto o avião cruzava um terreno com um relevo cada mais intenso, até entrar completamente nos domínios verdes e montanhosos da Costa Rica.

Imagine uma Suíça tropical. É a Costa Rica, um país que se diferencia de todos os outros da América Central porque 1) a sua população nativa é mínima. a maioria é branca, os creole, descendentes dos colonizadores espanhóis 2) o país é um paraíso fiscal 3) não há exército. aqui, diferentemente de outros países da América Latina, não existe um histórico de tumultos e guerras e ditaduras. Tudo é pacífico e próspero. O padrão de vida é o mais alto entre todos os países, com melhores estradas, educação, saúde e urbanidade. Sente-se isso circulando pelas ruas de San José.

A cidade é basicamente horizontal, com poucos prédios e nenhum arranha-céu. O país é muito civilizado e, de certa forma, também muito americanizado, até pela posição geográfica da Costa Rica. Há um claro contraste social e cultural claro com os outros países da América Central, em especial El Salvador Honduras e Guatemala. Aqui metade dos turistas vem dos EUA e o ingles e facilmente ouvido nas ruas.

Os habitantes da Costa Rica sao conhecidos como ticos. O cafe do pais e muito gostoso. Um pouco mais fraco que o cafe brasileiro, o cafe da Costa Rica e da variedade arabaica, com menos teor de cafeina e maior acidez.

Amanha parto para a Nicaragua. Vou ficar na cidade colonial de Granada e passar 1 ou 2 dias na Ilha Ometepe, no meio do Lago da Nicaragua e com 2 vulcoes emoldurando a paisagem.

Costa Rica
Capital: San José
Altitude: 1100m
Temperatura: no verão: máxima de 30 graus e mínima de 15 graus. Tempo mais ou menos estável durante todo o ano. Clima tropical e sub-tropical de montanha.
1 real = 320 colones

quarta-feira, 17 de março de 2010

Buena onda entre as cordilheiras andinas de Santiago – Chile

Chego em Santiago uns 20 dias depois do tremor de 8.8 graus que castigou o centro-sul do país. Fazia muito frio quando desci do avião e entrei numa campaña montada no meio da pista de pouso. Como tudo no Chile, até no improviso eles resolvem bem a situação. Por conta do terremoto, as instalações foram bem danificadas e provisoriamente mudaram o setor de embarque e desembarque de lugar. Mas estava tudo lá: aduanas, leitores de raio-x, esteiras, telas de partidas & chegadas, los perros, tudo organizado.

O frio é pouco comum aqui para a época do ano. 10 graus na madrugada no verão. Dizem que isso, de alguma forma, está diretamente relacionada aos terremotos. O fato é que o verão estava acontecendo normalmente e, no meio da lua cheia de fevereiro, a terra tremeu forte. Estamos em meados de março, o verão nem terminou e a temperatura de repente caiu bastante. Mesmo assim, de dia estava muito quente, como 30 graus. Aproveitei e subi o Cerro San Cristóbal na companhia da minha amiga Tana Gonzales. Foram 2 horas de caminhada, já que o governo chileno desativou os bondinhos que levavam até lá em cima. O caminho atravessa uma floresta andina em meio à montanha, dessas cheias de pinheiros enormes e outras espécies de vegetação de regiões frias e secas. De lá de cima, tem-se uma vista absurda de quase 360 graus da cidade.

E a terra continua a chacoalhar. Eu mesmo já experimentei meu primeiro terremoto aqui no Chile. Aliás, meu primeiro, meu segundo, meu terceiro e meu quarto terremoto. Foram 4 terremotos em 6 dias em Santiago. Isso falando apenas dos tremblores que eu senti. Na real, na semana do grande terremoto, foram mais de 270 terremotos. Agora a média tá em 56 terremotos por semana. E a cidade está aparentemente normal, tudo praticamente funcionando, mas quando se chega mais perto se vê montes de entulho nas portas de algumas casas e condomínios. Alguns prédios antigos estão bem danificados, inclusive algumas igrejas.

A Santiago de 2010 é bem mais resistente a terremotos. Depois de abalos até maiores do que esse último, os edifícos e casas são basicamente anti-sísmicos, elásticos, resistem bem aos tremores. Isso inclusive é uma exigência da lei, que obriga os prédios novos a serem construídos assim. Alguns apartamentos estão com as portas trincadas e têm pequenas rachaduras no chão e nas paredes. O terremoto foi o primeiro grande abalo de uma nova geração de chilenos, como meus amigos Cristian, Ital e outros.


Na verdade, conheci Santiago no ano passado (2009), mas era o fim de uma viagem de 2 meses, e eu estava sem energia, sem plata e sem vontade de sair, só descansar um pouco. Fiquei na casa de meu amigo Cristian (também conhecido como Chico) por uns dias fazendo música e não conheci muita coisa da cidade. Essa vai ser a oportunidade de dar um rolé maior pela cidade e conhecer seus segredos.

Entre esses segredos, está uma região conhecida como Arrayán, onde vivem o meu amigo Ital e a sua mulher Coni. O local fica nas cercanias de Santiago, pouco antes dos Andes começar a imprimir suas escarpas íngremes. Acima daqui, só Farellones, já em meio às cordilheiras dos Andes.


Chile
Capital: Santiago (6 milhoes de habitantes)
Moeda oficial: peso chileno (US$ 1 = 505 pesos = 1 real = 293 pesos chilenos
Cerveja oficial: Cristal