Danilo Nazca PERFIL PROFISSIONAL: Dinâmico, versátil, hiperativo, social, objetivo e bem-humorado. Afinidade com projetos com informações, objetivos e cronograma bem definidos. FORMAÇÃO: Graduado em Publicidade e Propaganda, na Universidade Católica de Salvador (1991-1994 - primeira turma). Incompleto em Psicologia - UFBA (1991-1992). Intimidade com ambiente web e novas tecnologias. IDIOMAS: Inglês. Leitura avançada, escrita avançada e conversação fluente. Espanhol. Leitura básica e conversação básica. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Redator publicitário desde 1995. Agilidade. Texto versátil. Conhece e aplica o Marketing por instinto. Larga experiência com ambiente web. Apaixonado por tecnologia, comunicação e internet. Envolvido com a internet em todas as etapas da sua evolução no Brasil. AGÊNCIAS POR ONDE PASSOU: Market Única Mezo Comunicação Agency 5 Mago Comunicação

domingo, 4 de abril de 2010

Entre piramides milenares na deep jungle de Tikal @ Guatemala

Uma tarefa complicada tentar definir Tikal em palavras. A cidade fica no estado de Petén, no norte da Guatemala. A regiao é toda coberta pela selva, inclusive Tikal. Tanto que boa parte da cidade permanece oculta debaixo da terra e das árvores gigantes do parque Nacional de Tikal. Ainda assim, toda a bela selva de Petén nao consegue cobrir os prédios magníficos encontrados por lá. Exemplo disso sao os 64m de altura da piramide IV de Tikal. Um monolito gigante que se destaca no meio da selva exótica da Guatemala. Hoje, uma escada de madeira leva ao topo da piramide, que é apenas uma entre 6 grandes construcoes encontradas no meio da selva. Dois desses grandes templos encontram-se na praca principal de Tikal, um local de rara beleza, de uma magia indescritível. Deep into maya. Aqui viveram os maias e as suas cidades eram estranhas. Uma arquitetura imponente, agressiva, misteriosa, com escadas de rocha quase verticais subindo em níveis até um topo com aposentos sabe-se-lá-pra-que.

A cidade fica no Parque Nacional de Tikal, no meio da selva de Petén. Sao 8 horas de bus desde Guatemala City até a cidade de Flores ou Santa Elena. Sao 2 cidades gemeas, mas bem diferentes. Flores foca no meio de uma ilha e no seu sítio original repousa uma antiga cidade maia. É mais colonial, mais turística e, por isso, uma opcao um pouco mais cara. Santa Elena é apenas do outro lado da pequena ponte que separara as 2 cidades. É onde fica o terminal que recebe os onibus vindo da capital e de outras partes do país. É uma opcao mais humilde, menos turística e um pouco mais perigosa de passar a noite e zarpar para Tikal, que fica a pouco mais de 1 hora de van.

Cheguei por volta de 12h30 em Tikal. Tinha fome. Ignorei os comedores / restaurantes que devem exisr lá dentro e apreciei uma picante iguaria da culinária guatemalteca. POr estar dentro de um paqrque que está dentro de uma outra área ainda maior chamada Reserva de Biosfera maia, a fauna e a flora nos entornos de Tikal é aboslutamente selvagem. Árvores gigantescas, mamíferos que passeiam em bando entre as pessoas (pelo menos isso aconteceu comigo, com uma espécie entre o gambá e o tamanduá, que procura formigas no chao. Há também pássaros esxóticos com cantos absurdamente surreais. Tikal é uma experiencia que só popde ser vivida in loco. Fotos e vídeos nao fazem justica à atmosfera do local.

Guatemala
Capital: Guatemala City
Moeda oficial: Quetzal (US$ 1 = 8 quetzales)
Cerveja oficial: Gallo (considerada a melhor cerveja da América, inclusive com premiacao internacional)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Entrando nos domínios dos nicas da Nicarágua

Depois de muita pesquisa em fóruns como o Mochileiros e muitas e muitas conferidas no meu Rough Guide América Central, descobri que a melhor forma de viajar por terra é pegar um onibus da empresa Tica Bus (Transportes Internacionales Centro Americanos), que vai do Panamá até o México. Eles tem a melhor relacao custo-beneficio e, de brinde, voce conhece mais de perto a Centro-América e suas paisagens e sua gente. Os onibus sao novos. Voce pode parar em qualquer terminal Tica Bus no meio do caminho e remarcar sua passagem pra seguir viagem quando quiser. O unico incomodo é que voce precisa parar em Manágua e em San Salvador para dormir. Ou seja, numa viagem como a que eu fiz, de San José (Costa Rica) até Guatemala City, para vencer os 1.200 km de distancia voce gasta 60 horas (!!!) de viagem. A Tica Bus também oferece hospedagem (a partir de US$ 12 ou US$ 14 em quarto compatilhado) em San José, Manágua e San Salvador. Dizem que a empresa King Quality faz a viagem direto, inclusive à noite, nas nao confirmei essa informacao.

Depois de 5 horas de viagem, passando pelas belas regioes de Monteverde e Guanacaste, na Costa Rica, chego enfim até a fronteira com a Nicarágua, na cidade de Penas Blancas. Todo o tramite para sair da Costa Rica e entrar na Nicarágua demora mais de 1 hora. Muita burocracia nas fronteiras. E olhe que sao muitas fronteiras na América Central, com países pequenos e aduanas a cada 6 horas de viagem.

Deixo pra trás os ticos da Costa Rica e entro nos domínios dos nicas, como sao conhecidos os habitantes da Nicarágua. O povo é bem simpático e amistoso, principalmente as niocas. ,) Mas um passado recente de muito conflito, de disputas entre sandinistas e conservadores frente às investidas norte-americanas. O resultado é que a Nicarágua é hoje um país muito pobre, que só perde para o Haiti no ranking de pobreza das Américas. E eles carregam um certo ressentimento junto aos ticos da Costa Rica. Um pouco de inveja da situacao economica bem mais favorável do país vizinho.

Na fronteira, tenho que pagar US$ 8 para entrar na Nicarágua. O onibus da Tica Bus continua sua viagem e parte entao para Manágua, a capital da Nicarágua. Depois de mais 3 horas de viagem, resolvi descer em Granada. Já havia lido no Rough Guides sobre a história da cidade, seu passado político importante na época do sandinisdmo e sua eterna disputa com León.

Granada é uma bela surpresa. Uma bela cidade colonial, às margens do lago de Nicarágua. Foi fundada pelos espanhóis. Na verdade, é a cidade mais antiga erguida pelos espanhóis na América Central. O clima é bem tranquilo, quente. A política está em todo lugar: nas reunioes, nas pracas, nos bares. Os turistas também. Depois de um período de convulsao social, hoje Granada recebe turistas de todo o mundo. É uma cidade conservadora, com uma rivalidade histórica com León, a cidade mais liberal da nicarágua e berco dos sandinistas, que lutaram por décadas contra o imperialismo americano e que estiveram no poder por alguns anos.

Nicarágua
Capital: Manágua
Moeda oficial: córdoba (mas dólares sao aceitos em quase todos os lugares)
Cerveja oficial: La Toña
Lugares: Granada, Ilha de Ometepe, León
Acordei bem cedo para pegar o bus que leva de Heredia até San José. As cidades estao todas muito juntas aqui. San José, Heredia, Cartago e Alajuela. Voce nem percebe que uma acabou e a outra já comeca. O onibus que peguei é o típico blue bird, onibus second-class do tipo escolar que vieram dos EUA e estao por toda a Costa Rica e América Central. As cidades de Heredia e San José estao bem próximas, mas o blue bird faz o seu caminho lentamente até a capital. Um trecho de pouco mais de 12 km é feito em quase 1 hora, pelas curvas e ladeiras do Valle Central onde estao heredia e san josé.

chego em san josé na zona roja, cheia de prostíbulos, ladroes, imigrantes dominicanos e todo tipo de contravencao possivel. saio de lá rápido e de taxi vou até o terminal da tica bus. almoco por perto e às 12h30 parto de san josé e comeco minha viagem até a nicarágua.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Paraísos naturais e paraísos fiscais na Costa Rica

Depois de uma longa viagem, enfim chego à Costa Rica. O vôo faz uma escala em Panama City. Foi o suficiente pra avistar ao longe os diversos arranha-céus da capital panamenha, entre os mais altos de toda a América Latina. Deu pra dar uma olhada também no canal do Panamá, com um tráfego intenso de navios, enquanto o avião cruzava um terreno com um relevo cada mais intenso, até entrar completamente nos domínios verdes e montanhosos da Costa Rica.

Imagine uma Suíça tropical. É a Costa Rica, um país que se diferencia de todos os outros da América Central porque 1) a sua população nativa é mínima. a maioria é branca, os creole, descendentes dos colonizadores espanhóis 2) o país é um paraíso fiscal 3) não há exército. aqui, diferentemente de outros países da América Latina, não existe um histórico de tumultos e guerras e ditaduras. Tudo é pacífico e próspero. O padrão de vida é o mais alto entre todos os países, com melhores estradas, educação, saúde e urbanidade. Sente-se isso circulando pelas ruas de San José.

A cidade é basicamente horizontal, com poucos prédios e nenhum arranha-céu. O país é muito civilizado e, de certa forma, também muito americanizado, até pela posição geográfica da Costa Rica. Há um claro contraste social e cultural claro com os outros países da América Central, em especial El Salvador Honduras e Guatemala. Aqui metade dos turistas vem dos EUA e o ingles e facilmente ouvido nas ruas.

Os habitantes da Costa Rica sao conhecidos como ticos. O cafe do pais e muito gostoso. Um pouco mais fraco que o cafe brasileiro, o cafe da Costa Rica e da variedade arabaica, com menos teor de cafeina e maior acidez.

Amanha parto para a Nicaragua. Vou ficar na cidade colonial de Granada e passar 1 ou 2 dias na Ilha Ometepe, no meio do Lago da Nicaragua e com 2 vulcoes emoldurando a paisagem.

Costa Rica
Capital: San José
Altitude: 1100m
Temperatura: no verão: máxima de 30 graus e mínima de 15 graus. Tempo mais ou menos estável durante todo o ano. Clima tropical e sub-tropical de montanha.
1 real = 320 colones

quarta-feira, 17 de março de 2010

Buena onda entre as cordilheiras andinas de Santiago – Chile

Chego em Santiago uns 20 dias depois do tremor de 8.8 graus que castigou o centro-sul do país. Fazia muito frio quando desci do avião e entrei numa campaña montada no meio da pista de pouso. Como tudo no Chile, até no improviso eles resolvem bem a situação. Por conta do terremoto, as instalações foram bem danificadas e provisoriamente mudaram o setor de embarque e desembarque de lugar. Mas estava tudo lá: aduanas, leitores de raio-x, esteiras, telas de partidas & chegadas, los perros, tudo organizado.

O frio é pouco comum aqui para a época do ano. 10 graus na madrugada no verão. Dizem que isso, de alguma forma, está diretamente relacionada aos terremotos. O fato é que o verão estava acontecendo normalmente e, no meio da lua cheia de fevereiro, a terra tremeu forte. Estamos em meados de março, o verão nem terminou e a temperatura de repente caiu bastante. Mesmo assim, de dia estava muito quente, como 30 graus. Aproveitei e subi o Cerro San Cristóbal na companhia da minha amiga Tana Gonzales. Foram 2 horas de caminhada, já que o governo chileno desativou os bondinhos que levavam até lá em cima. O caminho atravessa uma floresta andina em meio à montanha, dessas cheias de pinheiros enormes e outras espécies de vegetação de regiões frias e secas. De lá de cima, tem-se uma vista absurda de quase 360 graus da cidade.

E a terra continua a chacoalhar. Eu mesmo já experimentei meu primeiro terremoto aqui no Chile. Aliás, meu primeiro, meu segundo, meu terceiro e meu quarto terremoto. Foram 4 terremotos em 6 dias em Santiago. Isso falando apenas dos tremblores que eu senti. Na real, na semana do grande terremoto, foram mais de 270 terremotos. Agora a média tá em 56 terremotos por semana. E a cidade está aparentemente normal, tudo praticamente funcionando, mas quando se chega mais perto se vê montes de entulho nas portas de algumas casas e condomínios. Alguns prédios antigos estão bem danificados, inclusive algumas igrejas.

A Santiago de 2010 é bem mais resistente a terremotos. Depois de abalos até maiores do que esse último, os edifícos e casas são basicamente anti-sísmicos, elásticos, resistem bem aos tremores. Isso inclusive é uma exigência da lei, que obriga os prédios novos a serem construídos assim. Alguns apartamentos estão com as portas trincadas e têm pequenas rachaduras no chão e nas paredes. O terremoto foi o primeiro grande abalo de uma nova geração de chilenos, como meus amigos Cristian, Ital e outros.


Na verdade, conheci Santiago no ano passado (2009), mas era o fim de uma viagem de 2 meses, e eu estava sem energia, sem plata e sem vontade de sair, só descansar um pouco. Fiquei na casa de meu amigo Cristian (também conhecido como Chico) por uns dias fazendo música e não conheci muita coisa da cidade. Essa vai ser a oportunidade de dar um rolé maior pela cidade e conhecer seus segredos.

Entre esses segredos, está uma região conhecida como Arrayán, onde vivem o meu amigo Ital e a sua mulher Coni. O local fica nas cercanias de Santiago, pouco antes dos Andes começar a imprimir suas escarpas íngremes. Acima daqui, só Farellones, já em meio às cordilheiras dos Andes.


Chile
Capital: Santiago (6 milhoes de habitantes)
Moeda oficial: peso chileno (US$ 1 = 505 pesos = 1 real = 293 pesos chilenos
Cerveja oficial: Cristal