Danilo Nazca PERFIL PROFISSIONAL: Dinâmico, versátil, hiperativo, social, objetivo e bem-humorado. Afinidade com projetos com informações, objetivos e cronograma bem definidos. FORMAÇÃO: Graduado em Publicidade e Propaganda, na Universidade Católica de Salvador (1991-1994 - primeira turma). Incompleto em Psicologia - UFBA (1991-1992). Intimidade com ambiente web e novas tecnologias. IDIOMAS: Inglês. Leitura avançada, escrita avançada e conversação fluente. Espanhol. Leitura básica e conversação básica. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Redator publicitário desde 1995. Agilidade. Texto versátil. Conhece e aplica o Marketing por instinto. Larga experiência com ambiente web. Apaixonado por tecnologia, comunicação e internet. Envolvido com a internet em todas as etapas da sua evolução no Brasil. AGÊNCIAS POR ONDE PASSOU: Market Única Mezo Comunicação Agency 5 Mago Comunicação

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mais frio, ar rarefeito, pollos e cholas em La Paz – Bolívia

Depois de sair do calor e das planícies tropicais de Santa Cruz de La Sierra, o bus começou sua viagem a oeste da Bolivia, entrando nos domínios das Cordilheira dos Andes. A viagem tornou-se bem mais lenta, enquanto começamos a subida em direção à La Paz. Sobe, sobe, sobe e, no meio do caminho, faz uma parada na simpática cidade de Cochabamba. O tempo já estava bem mais frio e faríamos aqui uma conexão na rodoviária até as altitudes de La Paz.


Não existem 2 cidades como La Paz no mundo. Encravada a 4.000m de altitude em meio às desafiadoras montanhas dos Andes, La Paz é uma metrópole única. A sua população é grande e praticamente toda nativa. Junto com a vizinha El Alto, La Paz tem 2 milhões de habitantes. São os índios que comandam aqui, e não uma minoria branca descendente dos espanhóis. Eles moram em montanhas incrivelmente íngremes (bem mais íngremes que os nossos morros), com suas lhamas sobem e descem ladeiras fora do padrão do brasileiro, mascam hojas de coca todo o tempo e amam las papas (batatas).

La Paz está nas alturas dos Andes. O tempo é frio, mesmo no verão. Frio, seco e com ar rarefeito. Pra quem não está acostumado, o que é o meu caso, qualquer atividade física vira uma aventura estenuante. Muitos passam mal. Subir uma ladeira é um desgaste horrível. Dois lances de escada e você já está com a língua de fora. Dá pra entender facilmente porque a seleção da Bolívia ganhou de goleada do Brasil e da Argentina aqui em La Paz. Subir dois lances de escada me deixava morto de cansaço, imagine correr 90 minutos. O fato é que a altitude muda tudo e, se der mole, acaba passando bem mal. Tontura, boca seca, vertigem. Os bolivianos chamam esse mal-estar da altitude de soroche. As folhas de coca são um aliado ancestral para o homem dos Andes enfrentar essas condições. No meu caso, que venho do litoral, a mudança foi muito brusca. Claro que o site www.mochileiros.com me ajudou e peguei as dicas de usar Diamox uns 3 ou 4 dias antes de chegar na altitude. Fiz isso e não senti quase nada. Só um cansaço sem fim. Cheguei com minhas mochilas, subi 2 lances de escada e desabei no chão, ofegante. Abri a porta do meu quarto no hostel sentado no chão, tamanho cansaço. Como está na faixa tropical do globo, a Bolivia tem cidades como La Paz, Potosi e outras a altitudes muito elevadas, chegando até mais de 4.000 metros. Mas isso não faz com que exista neve. Se fosse na Europa, acima dos 1500m tudo já seria neve. Mas aqui, nada de neve. Só o vento frio dos Andes...


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